Responsabilidade Social e Meio Ambiente
O filme Ensaio Sobre a Cegueira nos traz questões de valores que temos conosco e com o próximo. Gravado também em São Paulo (2008), uma cidade onde muitas pessoas só percebem seus valores materiais e seus próprios conceitos, nos mostra claramente como às vezes temos a necessidade de depender de outra pessoa para tudo e como as pessoas se sentem impossível sobreviver sem o sentido da Visão.
O filme, baseado no livro de José Saramago, mostra uma espécie de epidemia inexplicável, uma cegueira branca que afeta a população. Parece algo sobrenatural e sem qualquer motivo específico. Segundo o doutor em literatura brasileira, Ricardo Paulo K. Angelini, o autor não faz a distinção de personagens pelos seus nomes, mas sim pelas suas características.
Estamos todos cegos. Quase todos. Ricos e pobres, ladrões ou heróis. Na obra de Saramago, os personagens não possuem nome próprio. Não possuem identidade diferenciada. Não há nomes específicos, porque são personagens que representam todo e qualquer um. (ANGELINI, Paulo. 2008)
A primeira cena do filme, gravada em uma avenida muito movimentada, nos mostra o primeiro homem do filme a ficar cego (Yusuke Iseya), esta cena demonstra como ouve a perda de valores e respeito com os outros, quando outro homem (Don McKellar) tenta ajudar o primeiro cego e por fim, rouba seu carro. Logo depois a epidemia se arrasta por todo o país, muitas pessoas são colocadas em lugares isolados. Quando os serviços do estado começam a falhar, uma mulher (Julianne Moore) que acompanha seu marido, e a única que enxerga, passa a cuidar dos outros no local.
Segundo o Leia-se, jornal digital, a atriz foi a única à enxergar, para nos mostrar no ponto de vista dela como o ser humano é capaz de agir pelos seus instintos primários. Faz percebermos que precisamos enxergar o outro e até a nós mesmos além da aparência e do dinheiro, que um dia talvez precisaremos da ajuda de outras pessoas, e no final o que vai valer