Ensaio sobre as variações sazonais das sociedades esquimós
Ensaio sobre as variações sazonais das sociedades Esquimós
Neste capítulo Marcel Mauss mostra que as morfologias (social e jurídica) dos Esquimós varia de acordo com as estações Verão e Inverno. Será esta dualidade que estruturará a vida dos Esquimós (remetendo à Antropologia Estrutural/ Sistema Dualista de Leví-Strauss). Inicialmente as questões sazoneiras podem ser entendidas como determinantes. Mas ao longo do capítulo percebe-se que, independente de verão e inverno, os Esquimós construíram sua cultura de acordo com as oportunidades apresentadas. Logo há uma morfologia geral e uma morfologia sazoneira.
Morfologia Geral:
Os Esquimós são considerados povos de falésias e hiperbóreos, ou seja, habitam as costas marítimas com formação rochosa e temperatura fría.
"Uma margem mais ou menos estreita de terra traça os limites de um planalto que se inclina mais ou menos bruscamente em direção ao mar." (pág. 433) Os Esquimós não invadem o interior, logo dificilmente entram em contato com os índios. Isso apenas pode acontecer quando estão em áreas de comércio com os "brancos". A relação habitat e dialeto não existe para os Esquimós. Logo a noção de unidade Esquimó é entendida a partir das fronteiras territoriais, é entendida pelo assentamento. As guerras entre esses povos não são comuns, mas quando ocorrem são considerados uma forma de reafirmação da consciência unitária do grupo.
"O assentamento é o conjunto das habitações, dos lugares de acampamento e de caça, marinha e terrestre, que pertencem a um número determinado de indivíduos, ao mesmo tempo que o sistema de caminhos e trilhas, canais e pastos que esses indivíduos usam e onde se encontram constantemente." (pág. 437)
O assentamento tem características bem marcadas, como um nome único usado por todos os membros, fronteiras claras, e