Ensaio Não Destrutivo
Os ensaios por correntes parasitas, também conhecidos por correntes de Eddy ou correntes de Feucalt, baseiam-se no principio da indução eletromagnética. Ao contrário da maioria dos outros métodos, que se aplicam apenas na detecção de descontinuidades, os ensaios por correntes parasitas possibilitam também a determinação de certas características físicas, tais como medição de espessuras de camadas, condutividade elétrica, permeabilidade magnética, etc, assim como a diferenciação de metais quanto à composição química, dureza, microestrutura, tratamento térmico, etc.
O princípio de indução eletromagnética foi descoberto por Michael Faraday em 1831,
Faraday comprovou que uma corrente que varia a sua intensidade em função do tempo, ao passar ao longo de uma espira, induz uma corrente elétrica numa espira adjacente.
Em 1940, Frederich Foerster desenvolveu os primeiros aparelhos e sistemas comerciais para ensaios por correntes parasitas.
2 - Princípio e descrição do Método:
O método de ensaios por correntes parasitas é bastante similar á técnica de aquecimento por indução utilizada em processos de solda e têmpera por indução. Ambas técnicas dependem do princípio de indução eletromagnética para induzir correntes parasitas numa peça disposta dentro ou nas proximidades de uma ou mais bobinas de indução. O aquecimento é consequência das perdas produzidas pelo fluxo de correntes parasitas na peça(I2 * R). Em ambos casos, o chamado “efeito pelicular” (skin effect) determina a escolha da freqüência de operação.
Porém, também existem algumas diferenças entre ambas técnicas. Uma delas, está nos níveis de potência utilizados: no caso da técnica de aquecimento por indução, utilizam-se potências bem mais elevadas do que no caso de ensaios por correntes parasitas. Outra diferença está nos tipos de bobinas utilizadas: no caso de aquecimento por indução, normalmente a bobina consta de apenas um primário, sendo que