Ensaio Fedro
UNIVERSIDADE FORTALEZA – UNIFOR
CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS – CCS
Curso: PSICOLOGIA
O amor de Platão na realidade contemporânea
Aluno (a): Sara Marques Silva - Matrícula: 1412412/8
Disciplina: Filosofia Geral
Professora: Sandra Helena - Turma: M35EF
Abril, 2014
De acordo com o pensamento de Platão, apresentado no livro Fedro, o amor é uma dádiva divina, podendo-se comparar o ato de amar com o delírio dos deuses. Tal delírio gera nobres atitudes, o que nos permite presenciar inúmeros casos de amor onde até mesmo a vida do amado vale mais do que a do amante. Até onde tais delírios podem determinar o comportamento e comprometer o julgamento dos homens? Essa dádiva divina de amar ainda é encontrada nos dias atuais na sua pura essência? Alguns filósofos afirmam que vivemos na época dos desapaixonados, mas qual o fundamento dessa afirmação?
Para Platão, os que possuem o dom de amar são homens abençoados por deuses que lhes induziram para a real felicidade. Nada substitui o amado e a sua beleza. O caminho que nossas almas determinam o que iremos ser na nossa vida carnal. O ápice do desenvolvimento da alma consiste no encontro com o profundo conhecimento, a satisfação da busca pelo saber e o encontro do belo. Porém, nem todos conseguem atingir o “Céu Platônico”, onde o alimento puro se encontra.
As almas são guiadas por nós, em busca da verdade. Pode ser relacionada com o mito da parelha alada, onde somos o próprio cocheiro, que temos o dever de conduzir-nos para a morada dos deuses. Porém, sofremos influencias dos cavalos que puxam nosso carro, onde um dos cavalos é mau, e o outro bom. Cabe a nós não permitir que o cavalo mau nos conduza a terra, onde perderíamos as asas para atingir o céu e a felicidade plena.
Quando nossa alma se depara com o amado, se encanta de tal forma que impede que o cavalo mau exerça força sobre ela. Age de todas as formas para encontrar o amado. É imbatível, forte, determinada.