Ensaio sobre Platão
Para Platão a retórica não é, em um todo, arte de bem falar.
Para defender esta tese Platão disse que há o bom e o mau uso da retórica. O mau uso da retórica, para Platão, é usar a eloquência para simular que sabemos o assunto que estamos a tratar quando na verdade não sabemos, aqui Platão dá o exemplo dos sofistas que através da persuasão (marca da oratória sofistica) enganavam o auditório para o qual falavam, ao usarem a eloquência. Para Platão a retórica tem bom uso quando é usada para fins filosóficos, ou seja quando é usada para atrair as pessoas que veem a filosofia como um belo passatempo a verem a filosofia como um estilo de vida, aqui Platão dá o exemplo de Fedro (personagem de um diálogo de Platão, no qual Aristóteles era o narrador) que encarava a filosofia como um passatempo interessante, ao invés de a encarar como um estilo de vida.
Nós admitimos que Platão tinha plena razão, quando nos dias de hoje nos debatemos com o mau e o bom uso da retórica sem termos que ir a rua ouvir alguém. Para o mau uso da retórica temos os comerciais de televisão como no comando do nosso país, pois o que não são mais eles do uns bons adquiridores de eloquência e persuasão? Eles falam muito e dizem pouco, ou seja, pensam que são donos do saber quando na verdade nem estão perto de o possuírem. Para o bom uso da retórica temos os anciãos que vivem perto de nós, eles ensinam-nos a verdadeira filosofia, eles instruem-nos a ser sábios e a não persuadir ninguém, ensinam-nos a mostrar o que valemos pelo que somos.
Para concluir posso afirmar que todos nós, em algum momento, já fomos persuadidos e já tentamos persuadir alguém, mas podemos arranjar uma maneira de parar este ciclo vicioso da persuasão ao seguirmos os concelhos sábios dos anciãos e ao “dar-mos” um pouco de filosofia em cada conversa que travamos durante o dia.
Romana Pereira nº15 /11ºA