Ensaio Crítico - The Matrix
A produção teve custo de 63 milhões de dólares. Apenas no primeiro fim de semana de exibição, rendeu 45 milhões de dólares. Durante a sua exibição pelo mundo todo, rendeu 456 milhões de dólares. Com isso foi classificado como Blockbuster.
The Matrix é uma coleção de citações multiculturais, uma das características do cinema pós-moderno. Podemos encontrar no filme referencias a literatura fantástica (ex: o livro Neuromancer de William Gibson, pai do cyberpunk), da realidade virtual, dos simulacros e simulações (como no livro de Jean Baudrilard), ao mito da caverna de Platão, de animações japonesas (ex: Ghost in the Shell), as artes marciais, religiões orientais e ocidentais, histórias em quadrinhos e filosofia moderna.
A construção da narrativa é calcada na lógica do sonho e no diálogo com vanguardas modernas, no caso aqui com o surrealismo e o futurismo. Diversas vezes durante o primeiro ato do filme podemos ver cenas em que Neo se pergunta se está sonhando ou acordado.
Sobre o surrealismo e o futurismo, fica a cena em que Neo está prestes a ser desconectado da Matrix: Assistimos ao seu corpo entrando no irreal ao tocar com os dedos um espelho e o mesmo correr por seu corpo, fazendo voltar ao mainframe (Ao mundo real).
O filme passa a mensagem de que está aberto para interpretações pessoais do espectador (aqui se esquecermos as sequências Reloaded e Revolutions e seus outros desdobramentos), como vemos na última cena em que Neo está numa cabine telefônica:
"Eu sei que você esta ai fora. Eu posso senti-lo agora. Eu sei que você tem medo. Você tem medo de nós. Você tem medo de mudanças. Eu não sei o futuro. Eu não vim aqui para dizer como isso vai acabar. Eu vim aqui para dizer como isso vai começar. Eu vou desligar esse telefone, e então eu vou