Ensaio critico
Pensamento Político e Contemporâneo
O presente texto pretende ser, à luz de afirmação “A conversão do cidadão das revoluções no indivíduo privado... tem sido muitas descrita, e geralmente nos termos da Revolução Francesa, que falava de citoyens e bourgeois. Num plano mais elaborado, podemos considerar este desaparecimento do ‘gosto pela liberdade política’ como a retirada do indivíduo para um ‘domínio interior de consciência’ onde ele encontra a única ‘região apropriada da liberdade humana’; desta região, tal como de uma fortaleza que se desmorona, o indivíduo, tendo levado a melhor sobre o cidadão, defender-se-á contra uma sociedade que, por sua vez, ‘leva a melhor sobre a individualidade’
… a filosofia política dos liberais, de acordo com a qual a mera soma dos interesses individuais compõe o milagre do bem comum, pareceu ser apenas uma racionalização da imprudência através da qual os interesses privados foram colocados em primeiro plano, sem fazer caso do bem comum. Nada se provou ser mais fácil de destruir do que a privacidade e a moralidade privada de pessoas que apenas pensaram em salvaguardar as suas vidas privadas”, um comentário às obras
“Sobre a revolução” e “As origens do Totalitarismo” de Hannah Arendt e uma breve explanação sobre o liberalismo.
Na obra “Sobre a Revolução”, Arendt analisa a revolução francesa e a americana procurando o que têm de comum e as diferenças. Arendt defendia que a preservação da liberdade só era possível se as instituições pós- revolucionárias interiorizassem e mantivessem vivas as idéias revolucionárias. A revolução está na base da criação de um novo corpo político cujo fim é a preservação da liberdade política.
Para Hannah Arendt, as revoluções figuraram momentos privilegiados de manifestação do político, nos quais o espaço de liberdade ganhou visibilidade. A autora condena a entrada em cena das massas durante a revolução francesa, com abdicação da liberdade em