Ensaio critico
- Identificar as características da crônica como gênero híbrido entre o jornalismo e a literatura
- Observar as reflexões e digressões líricas, humorísticas, sociais e políticas contidas nas crônicas
- Ler crônicas de autores consagrados
- Produzir crônicas a partir dos estudos realizados
Conteúdos
- Gêneros literários e jornalísticos: crônica
Tempo estimado
Seis aulas
Anos
8° e 9° anos
Materiais necessários
- Caderno e papel;
- Cópias das seguintes crônicas:
Do livro Seleta de Prosa, de Manuel Bandeira (Ed. Nova Fronteira, 592 págs.,21/3882-8200): "Candomblé"
Do livro 200 Crônicas Escolhidas, de Rubem Braga (Ed. Record, 490 págs., 37,90 reais, 21/2585-2000): "Moscas, e Teto Azul" e "Buchada de Carneiro"
Do livro Crônicas para Ler na Escola, de Carlos Heitor Cony (Ed. Objetiva, 160 págs., 35,90 reais, 21/2199-7824): "Agulhas de Hiroshima"
Introdução
O nascimento da crônica moderna se deu entre os séculos 14 e 15, em Portugal. Como cronista real, Fernão Lopes (1380?- 1460?), guarda-mor da Torre do Tombo em Portugal, tinha o papel de registrar e arquivar a cronologia dos reinados e de toda a história das dinastias portuguesas. Lopes foi o primeiro a produzir textos com características modernas: a autoridade das informações advinha da referência documental, o autor mantinha-se distante e neutro em relação aos fatos, buscando narrar a realidade afastado das emoções e subjetividades. O gênero tinha, então, um viés historiográfico.
A partir do século 19, através de sua difusão no meio jornalístico, os autores passam a utilizar a crônica como meio de análise subjetivos de acontecimentos cotidianos, comentando temas próximos aos leitores de jornal.
No Brasil, o caráter mais breve e informal do gênero permitiu que ele fosse utilizado como espaço de exercício para grandes autores como José de Alencar, Manuel Antonio de Almeida, Raul Pompéia e Machado de Assis no século 10 e Carlos Drummond de Andrade, Clarice Lispector, Manuel