ensaio 2 final
FILOSOFIA 10º ANO
Ano letivo2014/2015
As principais teses concorrentes são a posição pró-escolha, afirmando que o aborto é eticamente aceitável ou permissível pelo menos nos primeiros três meses de gravidez, e a posição pré-vida, onde se defende que o aborto é eticamente errado mesmo que seja na fase inicial da gravidez se bem que alguns abram exceções afirmando que em certos casos (violação ou graves defeitos) o aborto poderá ser aceitável.
Eu vou defender a posição pré-vida com algumas exceções, pois, apesar do excesso populacional penso que o aborto exceto nas situações previamente nomeadas é errado. Se permitíssemos o aborto acabaríamos por matar um feto que teria um futuro que poderia resolver o problema da população em excesso.
Os argumentos que defendem esta proposição são «O argumento da humanidade» e «O argumento da privação».
No primeiro argumento considera-se que um feto é um ser humano com estatuto moral, portanto, temos deveres para com os fetos, ou seja, estes têm o direito à vida. Se um feto é um ser humano, então, temos as seguintes premissas:
[1] Todos os seres humanos têm o mesmo direito à vida.
[2] Os fetos também são seres humanos.
[3] Matar deliberadamente quem tem direito à vida, é errado.
[4] O aborto consiste em matar fetos deliberadamente.
[5] Logo, o aborto é errado.
Para aceitarmos que o aborto é eticamente errado teremos de concordar com as quatro primeiras premissas.
O segundo argumento foi apresentado por Don Marquis em que ele defende que o aborto é errado não porque o feto é um ser humano, mas, porque estaríamos a priva-lo de um futuro-como-o-nosso.
Marquis para explicar porque é errado matar adota a perspetiva da privação. Supondo que um assassino mata uma pessoa, ele privou esta de todas as regalias e coisas valiosas que esta poderia vir a ter no futuro, ou seja, com Marquis diz privou-a de um futuro-como-o-nosso. Marquis defende que os fetos humanos também têm um