ENREDO

NEGROS E EDUCAÇÃO NO BRASIL
Abordado de forma geral, o pesquisador Luiz Alberto Oliveira Gonçalves nos trás o tema descrito fazendo-nos refletir, desde o início, sobre a situação educacional do negro brasileiro, tendo em mente o quão pode, os pais e avos analfabetos, influenciar na escolarização de suas gerações futuras.
Desde os tempos coloniais inúmeros fatores contribuíram para a formação do negro como ser socialmente desenvolvido, antes tido como incapaz de apadrinhar filhos de outros negros, sendo taxado como bárbaros sem estruturação dos ideais centralizados pela igreja católica.
De forma simples, mas detalhada, Luiz Alberto trás a tona o descaso coordenado pela igreja para com os negros desde o inicio da colonização. Pensando em nada mais que a evangelização, que foi de forma indireta, e não proposital, muito importante para a educação futura do povo africano, a igreja deixou bem claro que não tinha intenção alguma de alfabetizar o povo cativo. Assim, abriu as portas para entidades que viriam solucionar dois problemas, sendo o primeiro a desobrigação por parte da coroa em construir igreja e manter cultos no país. O segundo era a tão sonhada separação de negros dos brancos sem que ambos não deixassem de frequentar a igreja, constituindo a segregação social.
Em toda extensão de seu relato, Luiz Alberto levanta questões que nos leva a reflexões profundas sobre o fato, tais como, em que influenciou os ancestrais para a escolaridade dos negros de hoje? Preocupado em fazer transparecer tais fatos indaga sobre quem realmente teve o interesse em alfabetizar os africanos e como as entidades podiam contribuir para uma sociedade negra alfabetizada.
Como podemos observar nesse texto, o reflexo da vida sócio educacional dos negros hoje vem de tempos muito antigo onde uma boa ação, se melhor pensada, poderia ter mudado de vez, ou não, toda a história do povo negro. Refiro-me a assinatura da Lei Áurea que, por parte, libertou os escravos, mas não lhes deram um