Enologia - Uruguai
O trabalho a seguir vai retratar as principais características do Uruguai quanto ao vinho, seu histórico, suas classificações, seus climas, solos, principais castas e regiões.
Com apenas cerca de quatro milhões de habitantes, tem cerca de 280 vinícolas produzindo e aproximadamente umas 120 exportando regularmente, porém só cerca de 30 com vinhos finos (VCP) engarrafados sendo o restante de vinhos de mesa a granel. São cerca de oito mil e quinhentos hectares de vinhas gerando um total de cerca de cem milhões de litros de vinho, dos quais somente cerca de trinta por cento, de acordo com o INAVI, são de vinhos finos e o restante de mesa.
O vinho do Uruguai é cultivado em uma localização geográfica privilegiada e em terras particularmente adequadas para o cultivo da vide, o que faz do Uruguai um país vitivinícola por excelência. Localizado na mesma latitude que as melhores áreas cultiváveis da Argentina, Chile, África do Sul e Austrália - entre 30º e 35º sul - é possível cultivar a videira em todo seu território.
2. HISTÓRICO
A história do vinho uruguaio é bem recente. Foi por volta do ano de 1870 que um imigrante basco, Pascual Harriague, formou os primeiros vinhedos de Tannat em Salto, noroeste do país. Desse projeto e por iniciativa dele ocorreu uma difusão de vinhedos de Tannat pela região, uva que acabou ficando conhecida pelo nome de Harriague. Na mesma época, o catalão Francisco Vidiella trouxe mudas da uva francesa Folle Noire e formou vinhedos em Colón, no sul do Uruguai. A Folle Noire foi chamada inicialmente de Peñarol porém, por força da situação, ficou com o nome de Vidiella. Em 1883, já ocorria a primeira festa nacional da vindima, que marcou uma fase de expansão dos vinhedos até alcançarem a marca dos mil hectares, quando foram literalmente tragados pela chegada da filoxera aos vinhedos uruguaios. Foi uma freada que perdurou por muitos anos. No início do século XX chegaram imigrantes italianos que