engenheiro
Para responder às questões de 1 a 10, leia atentamente os textos I e II.
TEXTO I
A divisão das classes
O novo sistema de castas que impera nas escolas cria “populares” e “excluídos”
Qualquer pessoa que te nha passado pelos bancos escolares se lembra das estrelas das salas de aula: a bonitinha que todo mundo quer namorar, o bonitão que arrasa na quadra de esportes, o engraçadinho que solta as melhores tiradas, o rebelde que ninguém tem coragem de imitar, mas bem que gostaria. Pelo sistema habitual, esses alunos elegiam uma turma e, com ela, formavam o que se costumava chamar de “panelinha”. Ser da panelinha dava status; estar fora dela, uma pontinha de inveja. O termo caiu em desuso, mas a idéia da divisão das classes, ao contrário, aprofundou-se. Inspirados em padrões mais competitivos de sucesso social e, claro, influenciados pelo comportamento disseminado pelos filmes e seriados de TV dos Estados Unidos, crianças e adolescentes brasileiros criaram uma hierarquia de fazer inveja ao mais implacável sistema de castas para definir quem são os donos do pedaço – e quem irá orbitar em torno deles. (...) No topo da pirâmide estão extrovertidos, bonitinhos e bons de bola – os antigos líderes da panelinha, hoje denominados “populares”. Tímidos, desajeitados e solitários viraram “excluídos”, ou “nerds”.
( Thaís Oyama. Veja , nº 26, julho, 2003).
A diferença entre “populares” e “excluídos” apresentada no texto acima encontra-se mais explicitada em depoimentos dos próprios adolescentes, transcritos no decorrer da reportagem mencionada, dentre os quais foram selecionados os seguintes:
Depoimento de Vitor Gracia – 11 anos
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“Pense numa selva: o popular é o último da cadeia alimentar. É o leão, o mais forte de todo s. Faz o que quiser, ninguém mexe com ele. Na gincana do meu colégio, uns meninos dançaram vestidos de mulher. Como a maioria não era popular, todo mundo zoou. Se eu fosse dançar,