Engenheiro de Minas
Agrominerais – Fosfato
Francisco E. Lapido Loureiro1
Marisa Bezerra de Mello Monte2
Marisa Nascimento3
1. INTRODUÇÃO
O fósforo existe com certa abundância na natureza (é o décimo elemento mais comum): 1.050 ppm na crosta terrestre e teores médios de 8.690 ppm em carbonatitos, 650 ppm em granitos e 390 ppm em diabásios (Heinrich, 1966; Mason, 1971). Seus minérios são rochas naturais que se formam em ambientes geológicos variados.
Habitualmente, contém mais de um tipo de fosfato, sendo os mais comuns os fosfatos de cálcio do grupo da apatita. Quando em quantidade e concentração suficientes, formam depósitos de valor econômico. Estes minérios podem então ser utilizados diretamente, ou após beneficiamento, na manufatura de produtos comerciais. Sua principal aplicação é na agricultura, como fertilizante.
Da mina (rochas fosfatadas) até aos produtos industriais (ácido fosfórico e seus derivados) e aos campos de cultivo (fertilizantes), o fósforo segue vários caminhos em função da tipologia do minério, da distribuição geográfica das jazidas e centros de consumo, das substâncias fabricadas, das características do parque industrial e da recuperação de subprodutos com valor comercial a que se associa e redução/eliminação de agentes causadores de impactos ambientais, nomeadamente metais pesados e elementos radioativos.
1
Geólogo/Universidade de Lisboa, Engo Geólogo-ENSG/Univ. de Nancy, D.Sc. Universidade de
Lisboa, Pesquisador Emérito do CETEM/MCT.
2
Enga Química/UFRJ, D.Sc. em Engenharia Metalúrgica/COPPE-UFRJ, Tecnologista Sênior do
CETEM/MCT.
3
Enga Química/UFF, D.Sc. em Engenharia Metalúrgica/COPPE-UFRJ, Professora da UFF.
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Agrominerais – Fosfato
O ciclo de suprimento do fósforo, elemento indispensável à vida porque entra na composição do núcleo das células de todos os seres vivos, inicia-se nos fosfatos naturais (a apatita é o principal), passa para o solo por solubilização, continua-se ao ser