Engenheira
[...] nascemos em organizações, somos educados por organizações, e quase todos nós passamos a vida a trabalhar para organizações. Passamos muitas de nossas horas de lazer, a pagar, a jogar e a rezar em organizações. Quase todos nós morreremos numa organização, e quando chega o momento do funeral, a maior de todas as organizações - o Estado - precisa dar uma licença especial”.
Amitai Etzioni
1.1 Os primórdios da administração
O homem compreendeu, desde cedo, que se tratava de um animal social; ou seja, sua preservação individual e felicidade estavam condicionadas ao convívio com o outro, com o grupo. A história está recheada de fatos que comprovam a existência de grupos organizados de pessoas em torno de um objetivo: proteger-se contra ataques inimigos, contra as intempéries do tempo, lazer, convívio social, conseguir alimento (caça, pesca, etc.). Podemos afirmar, por isso, que os princípios da convivência social organizada são atávicos ao ser humano.
Além da convivência social, também o trabalho em grupos organizado parece ser algo atávico à natureza humana, e a história nos mostra um sem-número de exemplos de competência dos nossos antepassados na organização do trabalho e na realização de grandes obras. Exemplos que indicam ter havido planos formais, organizações de trabalho, liderança e sistemas de avaliação, prática eficiente de funções administrativas que se transformaram em ricos legados à humanidade, alguns dos quais, até hoje defendidos e utilizados pelos grandes teóricos da administração.
2.1.1 CONTRIBUIÇÕES DOS POVOS DA ANTIGUIDADE
Egípcios criaram e aplicaram os princípios de administração em projetos arquitetônicos de engenharia, além das pirâmides, como canais de irrigação, edificações de grande porte, entre outros. Contribuíram com princípios de planejamento das atividades, criação da figura do comandante e conselheiro dos trabalhos, organização do trabalho em grupos,