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Valores familiares Minha família, tipicamente gaúcha e descendente de italianos, sempre preservou a união. É indispensável as visitas semanais para tomar um chimarrão uns com os outros, e o churrasco no domingo. Os finais de semana geralmente se repetem: os menores em um canto da casa, brincando e correndo; as mulheres cozinhando e preparando os acompanhamentos do almoço; e os homens ao lado da churrasqueira, cuidando da carne e conversando sobre assuntos cotidianos. Este ultimo ano, uma de minhas tias (irmã do meu avô) adoeceu. Foi um choque para toda a família, pois minha tia tem apenas 60 anos. Foi diagnosticada com Mal de Parkinson. A doença é degenerativa, e a pessoa acaba esquecendo coisas corriqueiras, conforme o passar do tempo. Era um obstáculo a enfrentar, visto que todos teriam que se unir, e revezar o acompanhamento dela. Hoje em dia, a grande parte das pessoas trabalha fora de casa. Em minha família não é diferente, e todo mundo tem um – ou mais – empregos. Para cuidar de minha tia, todos teriam que se sacrificar, e isso geralmente é motivo de brigas e discussões. Além do acompanhamento do tratamento, a família inteira precisava freqüentemente decidir sobre medicamentos, consultas, internações, etc. Mais um fator que poderia facilmente, ser motivo para desentendimentos. Eis que quando penso que a situação só iria piorar, a grande surpresa acontece: nunca havia visto minha família mais unida. Todos com um grande senso de solidariedade uns com os outros, entendendo as limitações físicas e psicológicas que estão em jogo quando se cuida de um doente...dando o máximo de si para que o bom humor e a felicidade não fossem raros na família Col Debella. As visitas não cessaram, os churrascos não acabaram e minha tia doente, continuava conosco. Os italianos são um povo que sempre cultivou essa adoração pela família. Uns defendem os outros com unhas de tigre, e colocam os laços de sangue em primeiro lugar. Em minha