Engenharia
GERÊNCIA DE RISCOS
INTRODUÇÃO
Acidentes acontecem, porém o potencial de acidentes industriais causados pelo homem tem crescido com o desenvolvimento tecnológico.
O manuseio de materiais perigosos em quantidades significantes, específico para cada tipo de substância, exige o estabelecimento de um programa de gerenciamento de riscos a fim de garantir padrões mínimos de segurança, tanto para os empregados de uma empresa como para o publico externo e o meio ambiente.
Neste contexto, faz-se necessário a manutenção de sistemas de avaliação e gerenciamento dos riscos de forma a reduzir as probabilidades de acidentes e a minimizar as suas conseqüências.
EVOLUÇÃO HISTÓRICA
Até o inicio da década de 70, a questão de segurança na industria era tratada unicamente no âmbito das empresas, sem maiores interferências externas (governo ou do público).
Nesta época, a produção teve uma ênfase exagerada e o que era valorizado era o “fazer a qualquer preço”, as ações “heróicas”, sem que os empresários se dessem conta dos riscos que estavam correndo, e é justamente nesta época que os acidentes de grande repercussão começam a acontecer no mundo.
Dentre estes acidentes podemos destacar:
Refinaria de Duque de Caxias, Rio de Janeiro, Brasil, abril de 1972.
Durante a drenagem da esfera de GLP, o operador perde o controle da operação, a válvula de bloqueio do dreno congela e o vazamento de gás se espalha até atingir um ponto de ignição. A esfera de gás fica sendo aquecida por esta chama que arde bem na sua base e após, aproximadamente, 30 minutos ocorre o primeiro BLEVE (Boiling Liquid Expanding Vapour Explosion). Total de 38 mortos e vários feridos.
Cubatão, Brasil, 1984.
Área de servidão de tubulações de produtos inflamáveis é ocupada por favela. Uma das linhas de gasolina vaza e os moradores começam a recolher o produto em recipientes. Em certo momento, há a ignição dos vapores de