engenharia

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Gestalt na Arquitetura

“Não reparaste, ao caminhar por essa cidade que, entre os edifícios que a constituem, alguns são mudos e outros falam? E que há ainda outros que, finalmente - sendo os mais raros – até cantam?"

A frase acima foi proferida em um diálogo, a mais de dois mil anos atrás, por Faístos e Sócrates, porém continua tão atual quanto era na época.

Estudantes e arquitetos bem sabem o quanto é recorrente no meio acadêmico e profissional definições do que é uma arquitetura boa e uma arquitetura ruim. O que é belo e o que é feio em arquitetura. O próprio Oscar Niemeyer levantou estas questões na sua célebre frase de que não existe arquitetura bela ou feia, mas sim, arquiteturas boas e ruins.

Normalmente estas discussões terminam concluindo que definições deste tipo são majoritariamente subjetivas, cada indivíduo decide (a partir de suas experiências de vida e de observação do mundo) o que lhe agrada ou não. Porém, o que não se discuti, muitas das vezes, é o que determina que alguém goste mais de uma obra arquitetônica do que de outra? E por mais que exista uma subjetividade na predileção de uma arquitetura por outra, porque algumas construções são mais marcantes e interessantes para as pessoas do que outras?

É evidente que existe uma racionalidade nas formas de algumas edificações, mas será que observadores leigos conseguem perceber elementos propositalmente pensados para impactar, atrair? Ou o contrário, elementos pensados para causar medo, repulsa, etc.?

Mais importante também é questionar se os profissionais e estudantes conseguem ter controle das sensações que querem transmitir com seus projetos a ponto de leigos e não leigos entenderem bem as intenções do construtor.

O que vemos, normalmente, são obras belas e interessantes, mas que não causam real significância nas pessoas. Poucas são realmente marcantes. Obras como: o Panteão, as pirâmides do Egito, o Opera House de Sydney e outras são altamente marcantes visualmente. Mas, por

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