engenharia e sociedade
Na cadeia da inovação, a engenharia se apóia nos conhecimentos da ciência, acrescenta o seu lado de arte, através da experiência, percepção e criatividade, e cria a tecnologia, expressa em um novo produto, serviço ou processo
Denis L. Balaguer é engenheiro mecânico e jornalista científico. Artigo enviado pelo autor ao "JC e-mail":
No dia 11 de dezembro de 1933, foi baixado o Decreto nº 23.569 regulamentando o exercício das profissões do engenheiro, arquiteto e do agrimensor.
Em homenagem a esta data, atualmente no dia 11 de dezembro comemora-se o 'Dia do Engenheiro e Arquiteto'. Entretanto, com exceção dos órgãos que congregam os profissionais, como o sistema Confea-Crea, a data parece não chamar muita atenção da sociedade.
Por mais contraditória que seja, a aparente invisibilidade dos engenheiros na sociedade se dá justamente em virtude de que suas obras perpassam todo o corpo social e são onipresentes à vida cotidiana. Porém devemos, enquanto sociedade, refletirmos permanentemente sobre a relação entre a engenharia e a sociedade.
Grande parte dos objetos com que interagimos durante um dia comum são o resultado de um processo engenheirado - desde o despertador até o nosso carro, dos alimentos matinais à internet, passando pela televisão, as ruas e os prédios e até as roupas que vestimos.
Todos estes objetos, que nos são tão prosaicos, são o resultado do engenho humano, personificado no profissional 'Engenheiro'. Todos estes objetos surgiram após noites de reflexão e semanas, meses ou anos de experimentos, testes, desenvolvimentos e aperfeiçoamentos, momentos de profunda técnica e de sublime paixão, até que estivessem prontos para nos servir.
Mais do que dispor para a sociedade objetos que facilitam a vida e trazem lazer, a engenharia é um dos elos de uma cadeia virtuosa, que a partir da revolução industrial, vem dando a humanidade um