Engenharia da Qualidade
Introdução
O conceito predominante na área da qualidade era o da inspeção, no sentido de segregar os itens que apresentavam não-conformidades, ou seja, uma abordagem predominantemente corretiva. No início do século XX predominava o modelo de administração taylorista, ou administração científica, que marcou o surgimento da função do inspetor, responsável pela avaliação da qualidade dos produtos.
Do modelo fordista derivaram conceitos importantes para a área da qualidade. Para viabilizar sua linha de montagem, Ford investiu muito na intercambialidade das peças, adotando um sistema padronizado de medida para todas as peças, o que incentivou o desenvolvimento da área de metrologia, sistema de medidas, especificações e tolerância. Como o modelo de linha de montagem, esse modelo também se difundiu em outros setores industriais.
Na década de 1920, começaram a surgir os elementos do que viria a ser a segunda era da qualidade, o controle da qualidade. Walter A. Shewhart, em 1924, criou os gráficos de controle estatísticos do processo, que marca a transição de uma postura corretiva para uma proativa de prevenção, monitoramento e controle. Shewhart também introduziu o conceito de melhoria contínua, propondo o PDCA ( plan do check act).
A terceira era, denominada garantia da qualidade, tem seu embrião na década de 1950, com a primeira abordagem sistêmica, proposta por Armand Feigenbaum, denominada controle da qualidade total ( Total Quality Control – TQC ), que deveria envolver todas as áreas da organização e não só o setor produtivo.
A quarta era, denominada gestão da qualidade, começou a ser cunhada no Japão no período pós-guerra, quando especialistas americanos, como W. Edwards Deming e Joseph M. Juran, participaram do programa de reconstrução. Nesse período, esses especialistas difundiram os conceitos e técnicas da qualidade, que foram recebidos com muito entusiasmo pelas empresas japonesas.
A gestão da qualidade envolve ainda a