engenharia civil
Em entrevista exclusiva, o especialista Jon Katzenbach descreve os tipos de equipe existentes e propõe que sejam adequadas a cada situação, guiando-se por seis elementos básicos e não pelo empowerment
DOSSIÊ
Segundo Jon Katzenbach, especialista em trabalho de equipe e autor do livro Os Verdadeiros Líderes da Mudança (ed. Campus), as empresas devem esquecer o conceito de equipe como política empresarial e passar a pensar em uma equipe para cada situação, visando velocidade e alto desempenho. Para isso, Katzenbach propõe, em entrevista exclusiva a
HSM Management, que os grupos se conformem aos resultados esperados: as equipes de verdade (real teams) –que privilegiam o desempenho–, as equipes de um líder (single leader teams) –que conseguem agir muito rapidamente–, e as discutíveis equipes meio-termo
(compromise units).
Os dois primeiros tipos devem orientar-se pelo que ele chama de
“disciplina das equipes”, aderindo a seis regras básicas: tamanho pequeno
(até 20 pessoas), membros com habilidades complementares, compromisso com o desempenho, compromisso com metas claras, compromisso com uma abordagem que funcione e responsabilidade mútua.
Katzenbach ainda faz um alerta: as equipes não mais devem ser vistas como mecanismo de empowerment. A entrevista é de Mercedes Reincke.
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Há um novo conceito de equipe na nova economia?
Creio que a resposta a essa pergunta seja sim e não. Existe um novo conceito emergente que é bem diferente do conceito que a maioria das pessoas tem –ou teve.
Contudo, não é diferente do que
sempre foi aplicado pelas equipes que realmente funcionam.
Se eu tivesse de descrever as diferenças, a primeira estaria no fato de que, hoje em dia, uma equipe está efetivamente concentrada no desempenho em vez de no famoso empowerment (delegação de poder,
para algumas empresas; energização, para outras). A segunda diferença é que o sucesso da equipe agora é orientado pela disciplina