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ENGELS, Friedrich. 1974. “Da Barbárie à Civilização” In A Origem da Família, da Propriedade Privada e do Estado. Rio de Janeiro. Civilização Brasileira.

Influenciado por Morgan e Marx, Engels utiliza as idéias de: progresso necessário das sociedades humanas, e o surgimento da divisão social do trabalho a qual deu origem aos “exploradores e explorados”, que representam respectivamente os pensadores que o autor usou de inspiração.
Com o aumento da população as tribos tenderam a se dividir em gens (que podem ser entendidas como clãs), na fase média do estado selvagem, mas alcançou seu apogeu na fase inferior da barbárie. Nesse tipo de estrutura social não havia até então divisão de classes, e nem a noção de dominação e servidão, assim como não entendiam a idéia de direitos e deveres, pois eram características intrínsecas dos nativos.
A única divisão era a do trabalho, a qual era distinta entre os dois sexos. À mulher cabia o cuidado da casa, da alimentação e das roupas; os instrumentos que precisasse para exercer essas atividades era tarefa dela providenciar também. O homem ia à guerra, procurava e buscava comida; e também deveria construir os utensílios que servissem para realizar as ações anteriores.
Nesse estilo de vida, a economia doméstica era comunista, por isso a casa, as canoas, as hortas eram de propriedade de várias famílias. Porém esse sistema não permaneceu em todas as civilizações, na Ásia havia tribos que aprenderam a domesticação dos animais e com esse potencial “surgiu a primeira grande divisão social do trabalho”, e posteriormente com a continuação desse ritmo foi necessária a escravidão, para mais mão de obra. Nasceu então a divisão social entre “senhores e escravos, exploradores e explorados” (ganhando mais legitimidade com o passar do tempo).
A criação de gado permitiu o aumento de matéria prima, e o excedente poderia ser comercializado. Como ainda não havia conhecimento da fundição dos metais, “o gado desempenhou as funções de dinheiro” e