Engels
ENGELS
{ Vista da Inglaterra a primeira cidade industrial do mundo.}
Inicialmente o autor fica extasiado com a aparência de Londres, porem uma observação mais cautelosa e as grandes mazelas da cidade explode em seu rosto, uma “indiferença brutal, este isolamento insensível de cada indivíduo no seio dos seus interesses particulares é tanto mais repugnantes e chocantes quanto é maior o número destes indivíduos confinados neste reduzido espaço” e ainda “....as pessoas não se consideram reciprocamente senão como sujeitos utilizáveis; cada um explora o próximo, e o resultado é que o forte pisa o fraco e que o pequeno número de fortes, quer dizer, os capitalistas, se apropriam de tudo, enquanto que ao grande número de fracos, aos pobres, não lhes resta senão a própria vida, e nada mais.”
O autor descreve um cenário na qual a sociedade burguesa explora de forma cruel à sociedade menos favorecida, a classe dos operários, restando a esta o descaso das autoridades e ainda a insegurança, sem ter certeza do amanhã e tendo que se dar por satisfeito por ter um emprego na qual a sua força de trabalhado é explorada ao extremo em troca de uns míseros trocados que mal bastam para o seu sustento.
Descreve os bairros operários de Londres como locais pobres e imundos, afastados do centro e da vista das classes mais altas, se destacando Manchester na qual alega que “podemos habita-la durante anos, sair e entrar nela cotidianamente sem nunca entrevermos um bairro operário nem sequer encontrarmos operários”. Situação na qual chama de hipocrisia.
Descreve as ruas sem esgotos nem canais de escoamento, as casas são na sua grande maioria das vezes pequenas, imundas, com três ou quatro cômodos e com porões habitados, comumente chamadas de cottages. Cita as paróquias de St. John e de St. Margaret, em Westminster, onde em 1840 habitavam, segundo o jornal da Sociedade e Estatística, 5.366 famílias de operários em 5.294 moradias, dos quais ¾ dessas moradias