enfermagem
Àqueles que desejarem saber detalhadamente o que se passou acerca da morte de Agostinho Neto na versão da antiga URSS, sugerimos a leitura atenta deste excelente livro. Como o livro tem copyright mas pelo seu conteúdo polémico para o MPLA certamente não poderá ser vendido em Angola por isso, solicitamos a benevolência do autor e da editora pela transcrição que fizemos de partes do texto para dar conhecimento aos angolanos dos factos reais. Desde já os nossos agradecimentos. As partes do texto em "bold" são da nossa autoria para chamar a atenção das partes mais polémicas.
Karen Brutentz escreve a propósito: «Os angolanos, por exemplo, afirmavam que alguns dos nossos conselheiros tinham estado envolvidos nas intrigas dos militares angolanos contra Neto como pessoa pouco decidida e fraca, etc. Como resultado, N. Dubenko, o representante militar soviético em Luanda, foi chamado.» No mesmo livro, Brutentz acrescenta, tendo em vista os acontecimentos de 27 de Maio de 1977: «Muitos (africanos) tinham total confiança em nós, como "crianças", segundo alguns especialistas em assuntos africanos. Contaram-me como militares angolanos que tinham participado no levantamento, transportados pelas ruas de Luanda para serem executados, ao verem as nossas pessoas, estendiam os braços e exclamavam: "Camaradas Soviéticos!"»
A desconfiança das autoridades soviéticas face à actividade política de Agostinho Neto continuou, tendo servido de pretexto para levar alguns, nomeadamente Eugenia Neto, esposa do primeiro Presidente de Angola, a supor que a sua morte em Moscovo, a 10 de Setembro de 1979, não foi obra do acaso. Karen Brutentz atribui o desfecho trágico ao alcoolismo de que sofreria o dirigente angolano: «Diziam que, nos últimos tempos, passou a abusar do álcool, tentando fugir a disposições depressivas, que seria cada vez mais assaltado pela ideia de que o apoio na URSS e em Cuba não conduziriam à solução dos problemas angolanos. A propósito, ele, no