enfermagem e hotelaria
Pode considerar-se a Grécia antiga o berço do turismo, apesar de séculos antes já existirem viajantes, não existia nenhum tipo de lugar especializado em acolhê-los, ficando estes instalados em domicílios particulares. Só durante o período grego com o aumento do número de viagens, tanto de pessoas como de mercadorias e comerciantes, começam a surgir nas cidades os primeiros albergues. É também nesta época que surgem as primeiras construções de hospedarias motivadas por eventos pontuais, no caso as festas religiosas e os jogos olímpicos. Nos primeiros séculos da nossa era o Império Romano protagonizou um desenvolvimento das viagens que só se viria a registar novamente no final da Idade Moderna. Toda a rede viária construída teve uma grande importância neste processo, apesar de construída a pensar na rápida deslocação das tropas, a paz e estabilidade do império permitiram que o povo também a utilizasse. Havia um conjunto de construções de nome mutatio, espaçadas de 15 a 20km para trocar a cavalaria. Com intervalos de uma jornada de caminho, cerca de 50km, encontravam-se as mansio que dispunham também de alojamento. A combinação da Pax Romana, a rede de vias de comunicação e a prosperidade económica estão na origem do que chamaríamos hoje turismo balnear. Foram os romanos a descobrir o prazer de passar férias num local diferente daquele onde residiam habitualmente e elegiam frequentemente termas ou zonas junto à costa. Com a queda do Império Romano no século V inicia-se um período de guerras, destruição e hostilidades entre os estados que vai abrandar fortemente o desenvolvimento económico e comercial. Apenas as viagens de cariz religioso resistem nesta época. Só chegando ao século XVI voltamos a ter registos de viagens a várias cidades europeias. Surgem em elevada quantidade e qualidade escritos “descritivos que colocam em evidência o território, a geografia, a demografia, os costumes e os aspectos económicos, sociais e políticos