endotoxinas

Gerenciamento de riscos causados por Endotoxinas
As bactérias fazem parte de nossas vidas. Elas estão à nossa volta, bem como no nosso trato gastrointestinal e em outras partes de nossos órgãos viscerais. Enquanto há um equilíbrio entre o crescimento e a morte de bactérias, todos os processos são mantidos normais no organismo. Mas o que acontece quando este equilíbrio é destruído? O que acontece quando são produzidas mais bactérias do que aquelas que o organismo pode gerir? Nesse caso, as bactérias têm a chance de liberar substâncias tóxicas ou de competir com as defesas do corpo, prejudicando-o. Existe pouca informação disponível com relação a endotoxinas, os componentes estruturais de bactérias, que não são produzidos, mas sim liberados quando da multiplicação, lise e morte bacteriana.
Uma endotoxina (comumente referida na literatura como lipopolissacarídeo, LPS) é uma toxina que, ao contrário de uma exotoxina, não é segregada de forma solúvel pela bactéria, mas é sim um componente estrutural presente na parede celular de bactérias Gram-negativas (ex. E. coli, Salmonella, Shigella, Pseudomonas, entre outras) independentemente se os organismos são patogénicos ou não.
Existem várias fontes naturais de endotoxinas, podendo ser classificadas como exógenas (atmosfera, alimentos, água, fezes e urina) e endógenas (colonização de mucosas, trato gastrointestinal, feridas, traumas, abscessos, bactérias no sangue e linfa e mobilização de tecido lipídico).
Que doenças podem ser causadas por endotoxinas?
As doenças relacionadas com endotoxinas mais comuns são o complexo mastite-metrite-agalactia (MMA) em porcas e a síndrome de morte súbita em leitões. No entanto, as endotoxinas não causam uma doença independente, exceto no caso de infecções sépticas. Pelo contrário, elas representam uma consequência de uma doença oculta ou de uma “sobrecarga do organismo”. Vários fatores estimulam as doenças relacionadas com endotoxinas, nomeadamente: stress (calor, ambiente)