Empréstimo do Semanário Independente
Antes de conceituarmos o que é empréstimo apraz-nos, em forma de citação apresentar o seguinte texto como ilustração:
«Quando alguém se dirige a uma instituição bancária, para contrair um empréstimo, não o faz para ficar mais pobre. Espera-se que beneficie aquele que pede emprestado (porque tem acesso a bens que não teria, não fora este empréstimo) e beneficie quem empresta (porque terá mais-valias a partir desse contrato).
Idealmente, num bom negócio, todos devem ganhar, pois quando tal não sucede, em rigor não é de negócio que falamos, mas de exploração.
Para lá do dinheiro, há outros tipos de bancos. Fala-se, hoje, por exemplo, em “barrigas de aluguer”. Ora é isso, em grande medida, o que sucede com as línguas, são uma espécie de “ventre de aluguer”, que agasalham léxicos de outras línguas, como se seu fosse. E de tal modo o integram, que tais palavras, de início sentidas como estrangeiras, passam a integrar o todo multicultural que o sistema linguístico é». (Álvaro Gomes, Gramática Pedagógica de Língua Portuguesa, pag. 134).
Com o exemplo dado, é-nos agora possível apresentar o conceito de empréstimo que são, segundo Azeredo, elementos lexicais que podem ser internos a uma língua ou estrangeiros, adoptados por esta língua.
Desta maneira, em nossos dias, os empréstimos (neologismos) constituem uma realidade cada vez mais frequente, que se pode esclarecer pelo progresso e divulgação rápida da ciência e da técnica que originam linguagens específicas, pela integração europeia e pela própria globalização.
Mas os estrangeirismo com o seu próprio significante, por modismo ou porque a língua não conseguiu adaptá-lo, ocorre constantemente.
Empréstimos no Semanário Independente
Na perspectiva de constatar que a nossa língua continua activa, tomamos como elemento de base o Semanário Independente, podemos constatar que no que se refere ao uso de expressões emprestadas, neologismo, ou neologismo semântico por alargamento, à semelhança