EMPRESA FAMILIAR
As pesquisas sobre empresas familiares em todo o mundo tomam um volume tão grande que já não pode haver dúvidas quanto à predominância das mesmas e, consequentemente, quanto a sua importância e significação para a economia, em particular e para a sociedade, em geral.
Para Lodi (1993), o conceito de empresa familiar nasce, com a segunda geração de dirigentes, isso porque o fundador pretende abrir caminho para seus antigos colaboradores ou porque os futuros sucessores precisam criar uma ideologia que justifique sua ascensão ao poder, como se pode perceber em suas próprias palavras “empresa familiar é aquela em que a importância da sucessão da diretoria está ligada ao fator hereditário e onde os valores institucionais da firma identificam-se com o sobrenome da família ou com a figura de um fundador” (LODI, 1993, p. 6). Apesar de muitos acreditarem que família e empresa, quando reunidas, tendem a enfraquecer reciprocamente a sua eficiência, a história das empresas familiares bem sucedidas mostra que isso não precisa acontecer necessariamente. O aspecto “familiar” está muito mais ligado ao estilo que a empresa é administrada, do que somente ao fato de seu capital pertencer a uma ou mais famílias.
O processo sucessório na empresa familiar é assunto relevante e ao mesmo tempo delicado. Não pode ser tratado apenas sob aspectos puramente lógicos da administração, pois envolve pontos afetivos e emocionais muito fortes e relacionados com a própria estrutura familiar. Alguns desses pontos são de profunda importância e devem ser encarados para que esse processo não comprometa a sobrevivência da empresa, são: o sucedido, o sucessor, a organização, a familiar, o mercado e a comunidade. Por isso, mas do que nunca se deve observar o interior da empresa e prepará-la para ultrapassar os limites da existência de uma sucessão.
2.0 ORIGEM E IMPORTÂNCIA
Em termos históricos, logo após a descoberta de Portugal, no século XIV, as empresas familiares surgiram no Brasil,