Empreendedorismo
Postado por Lucas Leonardo
A propalada capacidade empreendedora dos brasileiros esbarra, cada vez mais, nas falhas dos próprios idealizadores dos negócios. Creditado, normalmente, às incertezas em que patina a economia do país, o fracasso da maioria das iniciativas, no entanto, pode apontar como culpada a pessoa mais interessada no sucesso da empreitada. Inexperiência e arrogância dos que se aventuram como empresários são alguns dos fatores por trás do baixo índice de sobrevida das novas empresas, que, segundo o Sebrae, quatro anos após sua abertura, é de apenas 40%.
As razões que fazem o sonho do empreendedor se tornar pesadelo foram alvo de uma pesquisa realizada pela auditoria Ernst & Young este ano. A empresa analisou mais de cem empresas de diferentes portes de todos os cantos do país. A repetição dos motivos que levaram à bancarrota em diferentes casos permitiu a identificação dos 13 pecados capitais do empreendeedores.
O crescimento do empreendedorismo no país foi comprovado recentemente por estatísticas. Estudo divulgado pelo IBGE há três semanas mostrou que, entre 2001 e 2002, o ritmo de crescimento no número de sócios e proprietários de empresas aumentou 12,3%, ao passo que o crescimento do número de assalariados foi de apenas 5,7%. O número de empresas que funcionam somente com sócios e proprietários aumentou 6,3% no período. Das 4,5 milhões de empresas ativas, 99,4% são constituídas de até quatro proprietários.
- As universidades jogam, a cada ano, um número considerável de pessoas preparadas e capazes, que não são absorvidas pelo mercado de trabalho – analisa o diretor da Ernst & Young Flávio Peppe, responsável pela pesquisa. – Diante desse cenário, é comum a opção por investir em negócio próprio. O grande problema é que eles conhecem bem sua atividade mas não sabem nada sobre finanças e contabilidade.
O executivo afirma que, mesmo ciente de suas limitações, o empreendedor acaba tocando o negócio sozinho,