Empirismo e racionalismo
Helen Keller nasceu no estado do Alabama, Estados Unidos, em 1880. Quando ainda era bebê, passou por problemas de saúdes que deixaram-na cega e surda. Com sete anos, passou a ter como instrutora Anne Sullivan, e Helen aprendeu a usar a linguagem sem nunca ter visto as coisas e as palavras, sem nunca ter escutado ou emitido algum som.
De acordo com o Empirismo, e seu principal teórico, John Locke, as pessoas nascem como uma folha em branco, sem saber de nada, assim só adquirem o conhecimento por meio das experiências, e só aprendem por meio da tentativa e do erro, e da repetição. Ainda Segundo Locke, “nada pode existir na mente que não tenha passado antes pelos sentidos”, Mas se a linguagem realmente dependesse dos sentidos, Helen não teria chegado à linguagem, pois estava desfalcada da visão e audição (e consequentemente da fala), mas chegou. E chegou quando compreendeu a relação simbólica entre duas expressões diferentes: numa das mãos, sentia correr a água de uma torneira, enquanto na outra mão, Anne mostrava como era a palavra na linguagem dos sinais; quando se tornou capaz de compreender que uma mão traduzia o que a outra sentia, tornou-se capaz de usar a linguagem, isso é, passou a usar a linguagem dos gestos, a escrever e a ler em braile.
Assim, a linguagem, não sendo adquirida através da experiência, seria adquirida através da inteligência, uma atividade intelectual simbólica e de compreensão, uma pura tradução do pensamento. O método que expressa esse meio de aprendizagem é o racionalismo, onde se admite a existência da mente no processo de aquisição, que a relação entre a linguagem e mente pressupõe a existência de uma capacidade inata. Os racionalistas entendiam que para se compreender o processo da linguagem era preciso fazer um estudo levando em conta a mente, explorar o pensamento, então, eles faziam parte de uma concepção essencialmente mentalista.