emergencia
Nome: Simone de Fatima G Boltes DN: 13/03/1970 Idade: 44 anos
DIH: 10/08/2014
Paciente chegou a este atendimento referindo dor abdominal, tipo cólica, sem queixa de febre e que em maio deste ano apresentou quadro de pedra na vesícula e que teve atendimento hospitalar. Tem 2 filhos, não bebe, não fuma, tem HAS (fazendo uso de LOZARTANA), não tem casos de câncer na família.
DIH: Cólica Biliar Refrataria.
Como se desenvolve?
O fígado fabrica a bile, um líquido amarelado com 85 a 95% de água, que contém, principalmente, colesterol (não relacionado ao do sangue), lecitina e ácidos biliares. A bile flui do fígado para o duodeno (primeira porção do intestino delgado) no qual ajuda na digestão dos alimentos. Uma parte da secreção biliar, no trajeto, primeiramente, entra na vesícula, sofrendo um processo de concentração. Quando algum componente da bile sofre uma modificação química ou de quantidade, pode acontecer a formação e a precipitação de microcristais, na grande maioria das vezes, dentro da vesícula biliar. Estes vão crescendo pelo acúmulo de novas camadas podendo alcançar milímetros a centímetros de diâmetro. Quando a comida sai do estômago para o intestino, a vesícula sofre uma contração reflexa, liberando a bile lá concentrada. Essa contração e o consequente fluxo biliar podem mobilizar os cálculos. Esses podem trancar no caminho, logo na saída da vesícula ou no primeiro e fino canal de drenagem, chamado de cístico. Menos frequentemente, o cálculo tem dificuldade de passar no canal seguinte, de maior diâmetro, conhecido por colédoco. Esse traz a bile que vem do fígado e segue até o duodeno, terminando num tipo de válvula, a Papila de Vater, na qual também a pedra pode ficar impactada. Cabe assinalar que em direção desta papila converge o Canal de Wirsung, transportando o suco pancreático. Isso permite compreender uma parte do mecanismo da inflamação pancreática reativa (Pancreatite Aguda Biliar) à presença ou à