Em nome da saúde do corpo social
No segundo quartel do século XIX, a burguesia européia afirma que a força física de uma nação interferia em sua prosperidade,e que ela era essencial para o avanço do capital. Portanto era necessário um investimento nesse vigor físico, para adestrá-lo e discipliná-lo para funções na produção e reprodução do capital, e também na manutenção da ordem burguesa. Esses investimentos foram dados através de politicas de educação escolar e politicas de saúde, pois a burguesia ainda era uma classe revolucionaria e preocupava-se com o homem, preocupava-se em desenvolver nele suas aptidões, talentos e vocações, para um maior desempenho em suas funções de produção das industrias . Para isso os operários e camponeses deveriam aprender a ler, e ser instruídos de acordo com suas funções, deveriam conhecer seus limites. Além de cálculos e escrituração comercial, tinham que ter os estudos da geografia, aritmética, história e direito civil.
Neste período a Educação física servia como base filosófica e pedagógica. a questão do exercício físico ganha espaço e passa a ser uma preocupação para o estado burguês, porque o exercício físico como parte integrante da formação moral e intelectual do cidadão traria mudanças que exigiam uma igualdade de oportunidades para todos ,e isso seria um grande problema, pois eram estabelecidos diferentes graus de instituição ,porque nem todos tinham a mesma facilidade de aprender , principalmente as crianças mais pobres , que deixavam de frequentar as escolas porque tinham que trabalhar para se sustentarem.
Em relação ao conteúdo educacional, ganharam espaço os exercícios físicos, com o objetivo de fortalecer o corpo, e desenvolve-lo por meio de exercícios de ginástica para que as crianças fossem acostumadas desde cedo aos trabalhos manuais.
A revolução operária de 1848 exige modificações entre o estado e a sociedade, surgindo uma legislação trabalhista e o direito de organização dos trabalhadores em sindicatos,