Gastronomia hospitalar
SAÚDE-DOENÇA: ENSAIO
NOME DO ALUNO
[CIDADE]
[ANO]
ENSAIO DO TEXTO:
Eixos para uma pesquisa sobre o adoecer
O trabalho de Minayo (1988) sobre representações sociais da saúde e da doença indica um caminho relevante em termos da compreensão das crenças sobre o adoecer físico, que se traduz pelas extensões simbólicas e míticas originadas na afirmação da influência da natureza e do sobrenatural na causação das doenças. Correlacionando as causas encontradas pelos populares para a ocorrência de doenças e o estudo etiológico na Medicina, Minayo (1988) nos diz que há uma diferença marcante entre estas duas percepções: “Enquanto para os médicos saúde-doença são, acima de tudo, fenômenos físicos, para esse segmento da população, saúde-doença são relações que se expressam no corpo, mas que o ultrapassam indiscutivelmente (...)” (Minayo, 1988, p. 370) (grifo da autora). A idéia de que a doença tem um alcance e uma extensão maior do que o corpo e suas produções físicas rompem com o paradigma biológico que é o suporte da concepção de etiologia. As contribuições da sociologia e da antropologia à Medicina, por seu lado, tem sido responsáveis pelas modificações na compreensão e abordagem dos estudiosos do tema da produção das doenças. Busca-se fornecer com a antropologia de Marcel Mauss o entendimento da atividade do pensamento coletivo e simbólico implicado nas representações de saúde e doença e a crença dos indivíduos construída a partir de experiências grupais, símbolos e estruturas pertinentes a tradição coletiva. Significados sociais retirados do contexto local de vida e de manifestações coletivas surgem da cultura de cada povo, e trata-se de poder envolver no interior da abordagem sobre a doença e sobre a saúde o sujeito que adoece e que busca explicar os fenômenos de modo próprio, tendo como base a vida como ela aparece a cada um. Formulações