Em fins dos anos 1950, previa-se que esse território receberia uma cidade planejada (Brasília), a partir do projeto piloto do urbanista Lúcio Costa e que as cidades-satélites seriam construídas quando o núcleo central estivesse totalmente ocupado pelos 500.000 habitantes estipulados pelo governo de Juscelino Kubitschek. Todavia, extrapolando as previsões, a imigração intensa ensejou que se alterasse a proposta inicial. Para evitar a favelização prematura da Capital, os governantes abriram espaço, em 1958, para o primeiro núcleo periférico – Taguatinga. Para essa cidade-satélite foram transferidos os milhares de trabalhadores que ocupavam as favelas próximas à Cidade Livre (Núcleo Bandeirante) e os alojados nos acampamentos das construtoras. O incremento da imigração, todavia, exigiu uma continuada ação para transferir favelados. Com isto, também continuadamente, novas satélites foram criadas: Gama, Guará, Sobradinho, Ceilândia e muitos outros, totalizando mais de 2,3 milhões de habitantes, hoje. Pensa-se em novos núcleos: Catetinho, Setor Noroeste, Setor Oeste e outros, num sem findar de loteamentos oficiais. Para além do DF, o setor privado, fez loteamentos - o Entorno – onde adotou o mesmo padrão de núcleos espalhados no território, por exemplo, Cidade Ocidental, Valparaizo, Novo Gama, Céu Azul, Pedregal, compondo funcionalmente o que se denominou de área metropolitana de Brasília (AMB). Desta política de ocupação do espaço, resultará uma grande metrópole a ser oficializada para uma gestão interestadual. Antevemos as seguintes situações para o futuro da AMB: - continuidade da política incremental vigente, de povoamento pontual e paternalista com doação de lotes no DF e concentração dos empregos no Plano Piloto. Este modelo, perpetuando-se, levará ao congestionamento do centro e desemprego nas satélites; - uma segunda hipótese seria a da adoção do planejamento urbano, descentralização das atividades e empregos em direção às satélites. Neste modelo de gestão, as