Em Demônio Familiar, ambientada no Rio de Janeiro de meados do século XIX, Alencar expõe a históriada família da viúva D. Maria. Seu filho mais velho, Eduardo, médico recém-formado, assume a posição de líder familiar, auxiliando na condução dos destinos da irmã Carlotinha – moça casadoura que mantém um discreto namoro com Alfredo, amigo do irmão – e do caçula Jorge. Eduardo tem um escravo particular, o moleque Pedro, pouco interessado no trabalho doméstico e que não perdia nenhuma oportunidade de passear pela cidade que se urbanizava. O grande amor de Eduardo é Henriqueta, amiga de Carlotinha, que também ama o rapaz. No entanto, a união é impedida pelo projeto de casamento da moça com Azevedo, moço rico recém-chegado de Paris, ao qual ela se submetia, para auxiliar seu pai, Vasconcelos, a saldar algumas de suas vultosas dívidas. O menino Pedro, que é o escravo da família, assumirá importante papel no enredo. É ele quem promove todas as intromissões na vida amorosa das personagens, ao mesmo tempo em que promoverá a tentativa de unir o casal Carlotinha e Alfredo, usando de todos os artifícios para unir Henriqueta e Eduardo, aproximando-o de uma viúva rica interessada nele. Acontece que quando Pedro descobre as armações do garoto, o jovem rapaz ameaça vender o escravo, que desesperado, promete resolver todas as confusões que armara. O escavo então passa a tramar ações em sentido contrário, para fazer com que Henriqueta desista de Azevedo. Eduardo também se esforça para evitar que o casamento de sua amada aconteça. Pedro passa a fazer todos os esforços para aproximar Carlotinha, o que provoca mais uma vez um mal-entendido entre esta e Alfredo. Mais uma vez, Eduardo descobre todas as ações do moleque e esclarece tudo aos familiares e aos envolvidos. Declara seu amor a Henriqueta, ao mesmo tempo em que Azevedo se afasta. Alfredo e Carlotinha finalmente tornam público seu amor.