Em defesa do professor de educação física
Professor Roberto Marques
Existe uma tendência de alguns profissionais da educação denegrirem a imagem profissional do professor de educação física escolar, inclusive daqueles que formaram estes mesmos professores. Ao meu ver, estas críticas têm três motivos básicos:
1. Inveja – Muitos professores invejam a popularidade do professor de Educação Física e a alegria nas suas aulas. O fílósofo chegou a chamar a escola de “o massacre dos inocentes”.
2. Desconhecimento da realidade – Muitos professores desconhecem as dificuldades e limitações na prática da educação física. Problemas idênticos ao que passam os professores de sala de aula, só que estes não são “vistos”.
Cansado de ouvir comentários depreciativos sobre a categoria resolvi defende-la:
1. Os professores de educação física são preguiçosos.
Em todas as profissões existem pessoas relapsas e incompetentes. Mesmo entre os políticos existem pessoas sérias, não dá para generalizar. Muitos professores simplesmente cansaram de remar contra a maré: falta de materiais, sol, chuva, indisciplina dos alunos, desorganização da escola e distanciamento pedagógico e físico das demais disciplinas. O problema é que ninguém “vê” os preguiçosos das outras disciplinas, eles estão escondidos atrás das portas.
2. Os professores de educação física se escondem debaixo da árvore.
Se não existia quadra coberta, o professor tinha que se proteger do sol escaldante de Rondônia. Pimenta na “língua” dos outros é refresco. Por outro lado, diante da falta de recursos e apoio, quantos professores não têm sua “árvore” na sala de aula onde se protegem.
3. Os professore de educação física que só “dão a bola”.
Em algumas escolas a situação cultural dos alunos chegou a tal ponto que é quase impossível o professor quebrar a tradição. Ele tenta, não consegue e desiste. Para mudar esta realidade é preciso decisiva vontade administrativa, intervenção do corpo técnico-pedagógico e