Elite colonial

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Para a elite colonial, este sistema de classificação era uma forma de impor ordem na sociedade que se tornava cada vez mais inclassificável. A produção dos quadros de mestiçagem, estilo pictórico que representava os diversos tipos humanos provenientes dos cruzamentos raciais entre brancos, índios e negros na recém-formada sociedade colonial, teve sua produção surgida na segunda metade do século XVIII.
Os quadros de mestiçagem buscavam descrever o avanço da mestiçagem e a vida cotidiana produzida na Ibero-América. A maioria destas pinturas formam séries de
16 a 20 cenas, representando, em cada quadro, um homem e uma mulher de diferentes grupos com seu descendente, resultado da mescla entre eles. Cada uma das personagens é identificada através de uma legenda descritiva. Essa manifestação artística se deu principalmente na Nova Espanha, de onde provêem quase todas as séries de pinturas conhecidas. Foi também naquela região que surgiu o conceito de castas, nome genérico utilizado para identificar os vários tipos mestiços ali presentes e indicar sua posição sócio-econômica .A presença espanhola no começo das séries e as representações de família criavam uma unidade dentro da hierarquia, promovendo um sentimento de domesticação que servia para atenuar as tensões sociais. Um dos possíveis fatores que contribuíram para a criação deste gênero pictórico foi à ameaça ao sistema imperial espanhol, encarnada, segundo a elite criolla, na emergência das castas. A ênfase da
Coroa espanhola sobre a heterogeneidade social da Nova Espanha objetivava que cada grupo ocupasse seu próprio nicho sócio-econômico. Este trabalho pretende demonstrar, considerando a mestiçagem enquanto fenômeno biológico, social e cultural, a sua relevância na formação das sociedades hispano-americanas, sendo fundamental como traço distintivo entre o novo e o velho mundo. Além disso, buscaremos relacionar a disseminação das pinturas de castas com a
grande

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