Eletrocirurgia
Centro de Engenharias
Márcio de Andrade Grijó
Eletrocirurgia Bipolar vs Monopolar
Juiz de fora 25 de Abril de 2012
A eletrocirurgia e o uso de eletrocautérios são entidades distintas. Nos eletrocautérios, a corrente elétrica é utilizada para aquecer o filamento que se encontra na ponta do cautério. A corrente elétrica volta pela mesma via, não passando, então, pelo paciente. O calor é transmitido diretamente para o tecido, a fim de se obter os efeitos terapêuticos. Na eletrocirurgia, a corrente elétrica é produzida por um gerador, chega ao corpo do paciente por um eletrodo ativo, agindo nos tecidos-alvo, e sai através do eletrodo neutro. Esta corrente elétrica, ao encontrar a resistência do tecido humano, é transformada em calor. O calor produzido determina os efeitos terapêuticos, seja de corte ou coagulação. A ponta do eletrodo ativo não sofre aquecimento. Quando o eletrodo neutro está distante do eletrodo ativo, sob a forma de uma placa, temos o sistema monopolar. No sistema bipolar, o eletrodo positivo e o eletrodo neutro estão separados por uma pequena distância, limitando o fluxo da corrente elétrica.
Duas propriedades básicas da eletricidade devem ser lembradas: primeiro, a corrente elétrica deve sempre completar um circuito; e, segundo, a corrente elétrica percorre o trajeto que oferece menor resistência ao seu fluxo. O circuito elétrico, no sistema monopolar, é muito diferente do circuito realizado pela corrente elétrica no sistema bipolar. Em ambos os casos, o circuito elétrico compreende a transmissão da corrente elétrica por um gerador, a passagem dos elétrons do eletrodo ativo para o eletrodo passivo, para que a corrente retorne, finalmente, ao próprio gerador. No sistema monopolar, o eletrodo ativo está distante do eletrodo passivo. O pequeno eletrodo ativo é utilizado no tecido alvo. O largo eletrodo dispersivo fica em contato com a pele do