Elefantiase

Após a invasão das larvas infectantes, ocorre um período assintomático longo
(até um ano), sendo que o indivíduo pode permanecer um portador das microfilárias por toda a vida. A infecção pode ser assintomática em 50% dos casos.
O verme adulto, ao se desenvolver, causa inicialmente reações agudas inflamatórias, seguidas de obstruções linfáticas. Na fase clínica inicial aguda surgem sintomas como febre corrente, astenia (fraqueza orgânica), dores musculares, fotofobia (sensibilidade à luz), distúrbios digestivos (náuseas, diarréia) e manifestações alérgicas, tipo urticária ou asma. Então começam a ocorrer episódios inflamatórios, devido a retenção da linfa, principalmente nos membros inferiores e na região escrotal. Raramente as mamas são afetadas.
A confirmação da doença pode ser feita através de pesquisas de microfilárias no sangue, que deve ser coletado à noite, e a ecografia, permitindo detectar a localização dos vermes em sua forma adulta.

O ciclo de vida das filárias inicia-se com o nascimento de microfilárias, as quais migram para os vasos linfáticos, perto da superfície do corpo do hospedeiro.
Então, mosquitos dos gêneros Culex, Aedes ou Anopheles, servem de intermediários ao picarem um ser infectado e ingerir as microfilárias. Estes embriões, após serem ingeridos, localizam-se no estômago do inseto vetor e acabam perdendo a bainha, migrando para o tórax, onde se transformam em larvas (L1).
Depois de seis a dez dias, as larvas (L1) sofrem a primeira muda, originando a segunda fase larval (L2). Estas crescem muito e até 15 dias depois se transformam em larvas infectantes (L3).
O mosquito então se torna infectante por cerca de duas semanas, até que as larvas, que agora localizam-se em sua cabeça, perto da boca, sejam expulsas de seu organismo.
Este ciclo no hospedeiro invertebrado ocorre de 15 a 20 dias em temperatura de 20 a 25ºC. O ciclo pode ter um período menor de acordo com a variação de