Egressos
A Bahia vivencia um momento histórico, especialmente sua Capital, em termos do aumento da violência. Ilustrativamente, o número crescente de homicídios de jovens negros em suas periferias é alarmante, conforme estudos recentes. Dentro das unidades prisionais está instalado o caos, humano e social, capaz de reduzir a mente humana a quase nada, após anos de ociosidade. Esse fenômeno, somado ao desinteresse Estatal, de uma forma geral, devolve às ruas pessoas destroçadas pelo sistema, sem qualquer perspectiva de (re)inserção.
Sair do cárcere é a possibilidade de viver em liberdade. Será mesmo? Pode-se falar em liberdade após o cárcere na cidade do Salvador, na Bahia? Existem grandes portas abertas, ou melhor, portas que lhe propiciem, integralmente, a dignidade humana, como meio (res)socializador? E a aplicação efetiva da Lei de Execuções Penais, garantidora da criação e manutenção estatal de patronatos para este fim principal? Questionamentos como estes, integram o corpo da pesquisa à ser apresentada.
Questões voltadas à discussão da vulnerabilidade social, ações afirmativas, justiça/judiciário, críticas quanto a abrangência legal e prática do termo “egressos” e, principalmente, o ponto de vista da tríade egresso, família e sociedade, sobre a (res)socialização, formarão o eixo central do estudo, com escopo de direcionar discussões interdisciplinares no que tange a temática.
O objetivo dessa comunicação é promover um debate acerca do pós – encarceramento soteropolitano, trazendo conteúdo informativo sobre a situação atual do cárcere, das políticas públicas, dos programas de apoio e dos egressos na capital baiana, somado a vivência adquirida como monitora do Patronato de Presos e Egressos da Bahia.
Palavras-chaves: Egressos. Ressocialização. Políticas Públicas. Programas de Apoio
OBSERVAÇÃO: Se fará necessário o uso de “Datashow”.