Egito
Segundo o papiro acima, após a morte, a alma do falecido levava consigo o Livro dos Mortos, pois este provava as qualidades que ele teve em vida.
A sua alma seria então, conduzida pelo deus Anúbis até o tribunal de Osíris, mas antes o coração da alma do morto seria pesado.
E não em uma balança qualquer, pois esta diria se o coração da alma que ali estava, era puro. Para tanto, o coração deveria pesar menos que a pena que era colocada em um dos dois pratos da balança.
Toth, o deus da Sabedoria e da justiça, registrava o resultado da pesagem, que era levado ao conhecimento de Osíris, por seu filho Hórus, juntamente com a alma do morto, para ser julgado.
Na presença de Osíris a alma do faraó fazia a sua confissão: "Saudações ao grande deus. Eu venho até você e trago a Verdade e a Justiça. Eu não maltratei as pessoas; eu não blasfemei contra os deuses, eu não matei. Eu sou puro! Eu sou puro! Eu sou puro!"
No tribunal, a alma será julgada pelo deus Osíris na presença de 42 deuses (42 eram o número de nomos [cidades-estado] que o faraó governava no Egito Antigo).
Se após o julgamento a alma fosse considerada impura, ela seria comida por uma deusa com cabeça de crocodilo, chamada devoradora do poente e a alma encontraria a segunda morte.
No entanto, se a alma fosse pura, ela seria absolvida e retornaria para encontrar o corpo mumificado.
Para ajudar no retorno da alma considerada pura por Osíris, os sacerdotes egípcios pintavam o interior das pirâmides e escreviam a história do faraó, para que, este na caminhada de encontro ao seu corpo, relembrasse a vida que teve.
Foi deste modo que a narrativa sobre a vida de vários faraós acabaram chegando ao tempo presente para ser apreciado por historiadores.
Texto: Alek Sander de Carvalho.
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Documento 2
Sobre a vida de um camponês no