Egito antigo
O faraó era o monarca absoluto do país e, pelo menos em teoria, exercia o controle total da terra e seus recursos. O rei era o comandante militar supremo e chefe do governo, que contava com uma burocracia de funcionários para gerenciar seus negócios. O encarregado da administração era o segundo no comando, o vizir (tjati), que atuava como conselheiro, representante e coordenava os levantamentos fundiários, tesouraria, projetos de construção, sistema legal e depósitos de documentosAo nível regional, o país estava dividido em 42 regiões administrativas chamadas nomos, cada uma governada por um nomarca, que era responsável pela jurisdição do vizir. Os templos formavam a espinha dorsal da economia. Eles não só eram edifícios de culto, mas também eram responsáveis por coletar e armazenar a riqueza da nação em um sistema de celeiros e tesourarias administradas por superintendentes, que redistribuíram os cereais e os bens Como não era possível para o faraó estar em todos os templos para realizar as cerimônias, ele delegava o seu poder religioso aos sacerdotes, que conduziam as cerimônias em seu nome
Sistema jurídico
A cabeça do sistema jurídico era oficialmente o faraó, que era responsável pela promulgação de leis, aplicação da justiça e manutenção da lei e da ordem, um conceito que os egípcios antigos denominavam Ma'at.[140] Apesar de não terem chegado aos nossos dias quaisquer códigos legais do Antigo Egito, documentos da corte mostram que as leis egípcias foram baseadas em uma visão de censo comum de certo e errado, que enfatizou a celebração de acordos e resoluções de conflitos ao invés de cumprir rigorosamente um conjunto complicado de estatutos.[144] Conselhos locais de anciãos, conhecidos como Kenbet no Império Novo, eram responsáveis pela decisão em casos judiciais de pequenas causas e disputas menores.[140] Os casos mais graves envolvendo assassinato, transações de terrenos grandes e roubo de túmulos eram encaminhados para o Grande Kenbet, sobre o