A organização e o funcionamento da sociedade foram completamente alteradas com a chegada da designada sociedade de informação e conhecimento. No quotidiano desta nova sociedade predomina a utilização de redes de comunicação, suportadas pela informática, pela inteligência artificial e pelo digital. Estas novas tecnologias operam alterações a uma escala global colocando a informação a circular a velocidades praticamente instantâneas (Meirinhos, 2000). Por outro lado, a produção de informação atual é de tal forma intensiva que desatualiza de forma precoce e constante, obrigando a sociedade a uma formação permanente. Castells (2005) não concorda com a terminologia sociedade de informação e conhecimento e classifica a “nova” sociedade como sociedade em rede. A vulgarização da utilização da informação acompanhada por inovações ao nível social, jurídico e organizacional vão provocar grandes alterações na sociedade e em particular no trabalho (Meirinhos, 2000). Para Morais (2011) as transformações provocadas pelo uso das novas tecnologias funcionam como poderosos meios de aculturação, de formação de consciências e de transmissão de ideologias e valores. É neste contexto, que Perez Tornero refere no texto a necessidade de se procederem a mudanças ao nível do ensino e da educação. A escola é apanhada neste turbilhão de alterações e mudanças tecnológicas e não está, de forma alguma, preparada para as exigências da nova sociedade. A escrita deixa de ser determinante a favor da nova preponderância da comunicação visual. Outrora a escola proporcionava ao aluno uma formação inicial que o qualificasse para o desempenho de uma profissão ao longo da vida. Na sociedade da informação e do conhecimento, a educação não se limita a uma etapa inicial, mas sim a um processo contínuo ao longo da vida, tal como sugere o Livro Verde para a Sociedade da Informação em Portugal (MISSÃO PARA A SOCIEDADE DA INFORMAÇÃO,1997). Neste sentido, há que efetuar e valorizar as aprendizagens ao longo da