EficiÊncia Energética na cerÂmica
Sendo já muito antiga no nosso pais, a produção de artigos de cerâmica utilitária e decorativa até meados da década de 80 destinava-se ao mercado interno, com uma internacionalização ainda muito incipiente e uma lógica produtiva baseada em processos antiquados, sem capacidade de, no curto prazo, enfrentar o desafio que era a entrada na então Comunidade Europeia, hoje U.E..
Foi após os anos 80 que todo este cenário se começou a alterar, e que se observaram movimentações significativas tanto na esfera produtiva como comercial por parte das empresas no sentido de dinamizar e tornar possível, não só o aumento de variedade e qualidade dos produtos oferecidos, como o início de processos de internacionalização mais visíveis do que os até aí realizados.
Hoje, o subsector da Cerâmica Utilitária e Decorativa em Portugal (CAE’s 26212 e 26213 — Rev 2) é constituído por cerca de 312 empresas (dados MTS — 1996) fabricando artigos em Grês, Faiança e Porcelana sejam decorativos (de ornamentação) ou utilitários de mesa, cozinha ou forno. Dos 5 subsectores apresentados é aquele que emprega maior número de trabalhadores, contando-se 13.638. Das trezentas e doze empresas existentes, o maior número pertence ao segmento decorativo — cento e noventa e nove — que emprega cerca de 6.934 pessoas, distribuídas por várias regiões do país, enquanto que o segmento utilitário, com 113 empresas, ocupa apenas menos duzentos trabalhadores, evidenciando aí a apresença de maiores unidades industriais.
Encontramos, assim, unidades produtivas de faiança e de porcelana quer decorativa quer utilitária com características distintas a nível de processos produtivos e organizativos, mas também ao nível da dimensão (Gráfico 1.14.). Na verdade, enquanto que a maioria das fábricas de faiança (seja decorativa ou utilitária) se incluem na categoria de pequenas empresas, as fábricas de porcelana utilitária são de maior dimensão, tendo uma produção em mais larga escala,