Efervescência cultural
A década de 50 e 60 foi marcada pela consolidação da arte teatral, com a melhor organização de grupos teatrais, com cursos de teatro por quase todo o país, com investimento privado e público na construção de casas de espetáculos, era mais que uma reivindicação da crítica à construção de um palco nacional, o qual nele fosse representado nossa “brasilidade”, onde tal prática teria condições de se comparar com outras de qualquer capital europeia, sofrendo as “mesmas vicissitudes”, era necessário “inibir o complexo de inferioridade” como bem colocou o crítico teatral Sábado Magaldi.
A arte teatral passava por um momento prospero de grande entusiasmo e caminhava-se sob a inspiração da modernização trazida por Nelson Rodrigues e a encenação da peça “Vestida de Noiva” em 1943, era a consolidação da dramaturgia nacional tão esperada em consonância a aspiração de uma nacionalidade que perpassasse toda a sociedade, portanto ao analisar a obra “Panorama do Teatro Brasileiro” nos deparamos com uma escrita que quer antes de tudo legitimar a arte teatral, mostrando que desde a criação de tal arte em nossas terras esta sempre teve sua peculiaridade, a qual estava ligada com a inserção e influência de elementos dos costumes ou da “cultura” daqueles que aqui habitavam quando a colonização europeia se depreendeu.
A escrita do “Panorama do Teatro Brasileiro” não deixa de representar dentro da historiografia um