Efeitos do Vento - Esteira

INTRODUÇÃO

Em todo projeto de construção deve ser considerado o planejamento da ventilação, com a intenção de conseguir o máximo aproveitamento dos ventos dominantes no local. Uma boa ventilação ameniza a sensação de calor, evita a vivencia de bactérias e outros agentes lesivos no ambiente ventilado, diminui o consumo de energia, entre outras vantagens.
A forma e o posicionamento das construções modificam a direção das correntes de ar que agem sobre o entorno do local da construção. Tal fato gera a formação de alguns efeitos dos ventos sobre as massas construídas. Dentre tais efeitos, vale destacar o Efeito Esteira, que será foco de estudo no decorrer do trabalho.

EFEITO ESTEIRA É o efeito em que, o vento, ao atingir obstáculos, separa o seu fluxo contínuo e a conseqüência deste fato é a formação de uma zona de turbilhonamento. Esse efeito resulta no aumento da velocidade do ar, pela união de zonas de pressões diferentes, e na formação de redemoinhos com circulação turbulenta do fluxo de ar, que se mantém a uma considerável distância do edifício. No caso de um edifício, esses redemoinhos são formados na parte posterior, formando uma zona que costuma-se chamar de sombra do vento. A figura abaixo ilustram esse efeito. Figura 1. FONTE: PPGAU. Ventilação e descrição urbanísticas: uma aplicação simulada para o Orla da Praia do Meio em Natal/RN. A dimensão da esteira varia em função da direção dos ventos e da forma dos edifícios. Por exemplo, nos edifícios-torre, o tamanho da esteira tem aproximadamente, o comprimento igual à espessura, e a largura equivalente à altura do edifício que a produz. Há algumas soluções que podem ser executadas para amenizar os problemas causados por esse efeito. O ideal é abrir a esteira, para diminuir a zona de pressão, criar aberturas na parte superior e posterior do edifício. A figura ilustra esse processo: FIGURA 2. FONTE: OGYAY (1998) FIGURA 3. FONTE: OGYAY (1998) Outra