Esteira de turbulencia
No final dos anos 60 foi descoberto um importante fenômeno que ocorre principalmente nas áreas aeroportuárias denominado esteira de turbulência (wake turbulence). A esteira de turbulência se verifica com mais intensidade quando, por exemplo, uma aeronave de grande porte principia sua decolagem, fazendo surgir vórtices (pequenos tornados horizontais) nas pontas de suas asas, que se propagam intensa e perigosamente em direção a aeronaves subsequentes, de menor porte, peso e velocidade que se encontrem prestes a decolarem. O mesmo pode ocorrer quando aeronaves estejam em procedimento de pouso e outras venham imediatamente após ou ainda durante o voo.
Os efeitos básicos da esteira sobre as aeronaves são: o balanço violento, a perda de altura ou de velocidade ascensional e os esforços de estrutura. O maior risco é justamente o balanço muito forte da aeronave que entra na esteira até um ponto que exceda sua capacidade de resistir a tal efeito.
As aeronaves apresentam comportamento distinto em relação a movimentos turbulentos da atmosfera, de acordo com fatores como velocidade, tamanho, peso, superfície das asas e altitude de voo.
A intensidade dos vórtices é dada pelo peso, velocidade e forma da asa que os originam, entretanto o peso da aeronave é o fator principal de sua força, que pode registrar vórtices que tangencialmente tem alcançado velocidades acima de 300 km/h por uma área de 2 a 4 vezes a envergadura da aeronave geradora dos vórtices.
A esteira de turbulência também é uma das causas que impedem o uso simultâneo de pistas que distam menos de 760 metros em um mesmo aeródromo.
Vale ressaltar que helicópteros também geram esteira de turbulência, que podem inclusive ser mais severas do que aqueles produzidos por aeronaves de asa fixa de mesmo porte. As esteiras mais intensas podem ocorrer quando o helicóptero está operando a baixas velocidades (20 a 50 nós). Alguns tipos de helicópteros de médio