Educação

Meu colega educador, você já sorriu para outro colega hoje? As férias aproximam-se, o trabalho desenvolvido ao longo do ano gerou os frutos em nossos educandos, o descanso merecido toma o lugar do estresse nas realizações e correções de provas. No entanto, eu sinto a necessidade de refletir sobre aquele profissional que me caracterizou como me enxergam até agora e aquele que pretenderei ser ano que vem. Será que vou assumir uma postura autoritária, sentindo medo de ser demitido caso me vejam como um “professor bonzinho “ ou será que vou me colocar em um caminho de enfrentamento do autoritarismo de outrem, privilegiando a justiça e o respeito para com meus colegas e alunos? Quem sabe só o tempo dirá. Às vezes fico pensando em como fui semeando um ideal de “professor” durante meu curso de licenciatura, em todas as teorias democráticas de gestão educacional que aprendi e em vários outros pontos que me fizeram gostar da minha profissão, mas não são poucas as vezes em que, ao cruzar com um “parceiro” de ideais, reparo uma tristeza ou indiferença no olhar, ao não perceber o que de concreto está acontecendo consigo: você é um educador! Pasmem meus queridos colegas professores, mas nós temos uma missão maior com aqueles jovens, mesmo que nos estressemos com notas e com ditames autoritários, todos possuímos em nossas mãos uma parte da vida daqueles seres curiosos ou bagunceiros. Infelizmente, eu ouso dizer que alguns profissionais da educação estão no “piloto automático”, sorrindo para a notícia do recebimento do 13º salário e se indignando com o aluno que o (a) procura para tirar dúvidas na recuperação de final de ano. Só peço uma coisa: sorria no ambiente de trabalho e não apague de sua vida os reais motivos que um dia o (a) conduziram à vida escolar.

Professor Rodrigo Marinho