Educação
Nos dias atuais, encontramos vestígios de uma prática educacional tradicional, tecnicistas, competitivas e até mecanicistas, constituídas nas perspectivas da Educação Física nas décadas 1970, 1980 e 1990.
Betti (1991) descreve que, 1979 a 1980, o Brasil verificou a ascensão do esporte devido à inclusão binômio Educação Física/ Esporte na planificação estratégica governamental, embora o esporte de alto nível estivesse incluso desde as décadas 1920 e 1930.
Os governantes militares usam o esporte como um sustentáculo ideológico, na promoção de um país de êxitos nas competições de alto nível, na tentativa de camuflar a realidade, evitando críticas internas e colocar a visão do Brasil Potência com prosperidades.
Segundo Soares et. al (1992), a influência do esporte é tão forte que não pode se dizer esporte da escola, mas sim esporte na escola, indicando uma subordinação da educação física aos códigos da instituição educação física. Estes códigos estão resumidos nos princípios rendimento atlético/desportivo, comparação de rendimento, competição, regras rígidas, êxito no esporte, racionalização de meios e técnicas.
A seleção dos mais habilidosos justificam os meios presentes nos contextos escolares da educação Física. Os procedimentos são direcionados, o professor é o centro da aula e a prática caracteriza-se em repetições mecânicas dos movimentos esportivos.
A Coordenadoria de Estudos e Normas Pedagógicas de Estado de São Paulo (SÃO PAULO, 2010) enfatiza que a relação à Metodologia, além dos procedimentos diretivos, o trabalho era executado de forma acabada cabendo ao aluno executá-las no mesmo ritmo, desprezando o processo de aprendizagem da criança, impondo valores culturais distantes da realidade delas.
As aulas esportivas foram substituídas por práticas de “rola bola”, aulas em que os alunos realizam suas vontades, sua principal característica é a ausência de intervenção sistemática do professor