Educação
Documentário: Pro Dia Nascer Feliz (João Jardim)
- Apresentar os discursos presentes no filme: discurso do professor; discurso da diretoria e discurso dos alunos
- Como o filme relatou a questão da educação no Brasil?
O documentário nos apresenta algumas realidades da educação no Brasil, passa por Pernambuco, Rio de Janeiro e São Paulo, sendo que em São Paulo são expressos dois cenários distintos, mas que se atravessam de alguma maneira.
Os alunos de Pernambuco vivem uma verdadeira odisséia para chegarem à escola, não há transporte, não há infra-estrutura educacional no estado. São muitos empecilhos que impedem as crianças e adolescentes de terem sucesso na educação, e principalmente vontade de estudar.
O discurso desses alunos passa pelo desânimo, pelo descrédito e paradoxalmente pela esperança de um futuro. Uma absurda amostra dessa realidade está expressa quando a aluna Valéria diz que os professores não acreditam e não atribuem a ela a autoria de seus textos e poemas, mas ela ainda carrega a vontade de aprender.
A questão da desigualdade social atravessa o Brasil, e conseqüentemente esses três estados, refletindo na educação. A escola é o reflexo de uma sociedade falida e discriminatória.
No Rio de Janeiro e em São Paulo as escolas públicas trazem o discurso dos alunos interligado com a questão do poder, da agressividade e do espetáculo. A violência, em todas as suas faces, é um destaque nessa realidade, está presente no cotidiano desses sujeitos-assujeitados.
O fenômeno da violência, na concepção de Victor Frankl, se dá a partir da lógica da sociedade de consumo e sua perspectiva utilitarista, o gozo está no prazer e na satisfação que os outros dão ao eu, não em um encontro existencial do eu compreendendo a totalidade do outro. É a partir desse momento que se instaura a raiz de toda a violência, a violação do direito do outro existir.
Viola-se o direito do outro para garantir o próprio direito à existência.