Educação
Ação política, pois, enquanto educação, esta pode transformar ou reproduzir o nosso meio e tempo social.
Neste caso, atuar na área da educação é posicionar-se politicamente frente às maneiras de agir sobre o mundo; é demonstrar nossa opção de como acreditamos que este mundo deve ser; é perpetuar nossa escolha.
Daí o sentido mais literal da frase: “a educação nunca é neutra”. Ela não pode ser neutra, pois ainda que não nos posicionemos, ainda que não seja explicita ou consciente nossa postura de mundo, a cada ato educativo estamos já determinando um legado; até mesmo quando simplesmente repassamos saberes, ou seja, quando trabalhamos o conteúdo por si só, neste momento demonstramos nossa posição política de educação: mantenedores da ordem social instaurada.
Quando “ensina-se” a ler e escrever, não se “ensina” a ler e escrever simplesmente, mas sim, se “ensina” a ler algo, para alguém, por alguma razão. Tudo isto está implicitamente embutido no ato de “ensinar”. Se acreditarmos que basta “ensinamos” a ler e escrever e isto é tudo, já deixamos nosso legado de apatia, de passividade quanto à vida, já é uma atitude política, pois nossa forma de atuar irá, ainda que sem querer, manter a lógica social existente.
Quando compreendemos isso, quando enfim, compreendemos a grande importância política de cada atitude enquanto educadores, abandonaremos a postura da neutralidade e passaremos a atuar de forma consciente. Espera-se que, esta consciência transforme-se em ações para a transformação e este processo é exatamente o que preconiza a Educação pela ótica do Socialismo.
Contudo, o que presenciamos, na atualidade, é uma atitude de comodismo por parte dos educadores que, se conscientes de sua importância política, não o fazem por medo ou preguiça da batalha que é lutar contra o sistema; ou se